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  Olá, FisioIntelectuais! Aqui você encontra conteúdos de atualização, aprimoramento de habilidades, interação entre profissionais e domínio entre teoria e prática na área de Fisioterapia Intensiva 🐵
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TRALI - Lesão Pulmonar Aguda Associada à Transfusão

 Você já ouvir falar de TRALI ou já atendeu algum paciente com essa lesão? Leia este artigo e saiba mais sobre essa condição relativamente rara, mas com alto índice de mortalidade. A lesão pulmonar associada à transfusão, ou do inglês TRALI , foi relatada pela primeira vez em 1985. Ela consiste numa séria complicação associada à transfusão de sangue total, plasma fresco congelado, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e granulócitos coletados por aférese.  A TRALI é caracterizada por insuficiência respiratória aguda, edema pulmonar bilateral e hipoxemia severa, não estando associada a nenhum evento cardíaco, e ocorre durante a transfusão ou dentro de 6h após o seu término.  É considerada rara, pois ocorre na razão de 1 em 5 mil unidades transfundidas e de 1 em 625 pacientes transfundidos. Entretanto, é a maior causa de morbidade e mortalidade associada a transfusão.  A exata fisiopatologia não é totalmente conhecida, mas a teoria tradicional sugere que...

Capnografia na RCP

Recomendação atual durante todo o processo de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) em pacientes intubados, tem como objetivo avaliar o correto posicionamento do tubo, a qualidade da RCP e detectar o retorno da circulação espontânea, por avaliação contínua do dióxido de carbono ao final da expiração. Valores mais baixos de gás carbônico no final da expiração (EtCO2) (< 10 mmHg) são correlacionados a compressões torácicas ineficazes, baixo débito cardíaco ou nova PCR (parada cardiorrespiratória). Valores > 40 mmHg estão associados ao retorno da circulação espontânea e variabilidade espontânea na pressão arterial. Baixos valores após 20 minutos de PCR indicam baixa probabilidade de retorno da circulação espontânea. 

Você já usou o ventilômetro?

É um aparelho portátil que mede volumes e capacidades pulmonares. Os principais parâmetros que podem ser mensurados são: Volume corrente: quantidade de ar que entra e sai do sistema respiratório em respiração normal e tranquila. Valores inferiores a 5 mL/kg estão associados a piora da troca gasosa e a hipoventilação alveolar. Volume minuto: produto do volume corrente pela frequência respiratória. Sua faixa de normalidade está entre 6-8 L/min, e valores acima de 10 L/min são indicativos de aumento na demanda ventilatória. Índice de respiração rápida e superficial (IRRS): é calculado pela relação FR/VC em litros. Valores acima de 105 indicam alta probabilidade de insucesso no desmame de VM. Capacidade vital: volume máximo que um indivíduo consegue mobilizar. Valores acima de 45 mL/kg são considerados dentro da faixa de normalidade; abaixo de 15 mL/kg indicam prejuízo na troca gasosa e necessidade de algum tipo de suporte ventilatório.

Você conhece o Bundle "ABCDE"?

Sua aplicação está relacionada a fase de pré-desmame da ventilação mecânica. Inclui o despertar matinal (A - awake), controle da ventilação (BC - breathing coordination), a monitorização diária do delirium (D) e a mobilização precoce (E - early mobilization). As 5 ações diárias sugeridas são: A: Acordar o paciente.   Buscar junto à equipe médica a otimização dos protocolos de sedação ou de despertar matinal e avaliar diariamente o status cognitivo dos pacientes. B: Respirar.  Utilizar modalidades espontâneas o mais precocemente possível, com atenção a possíveis lesões diafragmáticas induzidas pela ventilação (VILI). C: Coordenar ações .  Procurar reduzir o tempo entre a retirada das sedações e a mudança de modo. D: Controle de delirium.   Procurar desenvolver ou participar de ações para controle de delirium. Dar atenção especial às ações não medicamentosas como a retirada do leito, a mudança do ambiente e a interação com a família. E: Exercício.   Desenvolver pr...

INALOTERAPIA

A inaloterapia é um conjunto de opções para administração de medicamentos pela via respiratória. Nesses casos receptores localizados no músculo liso das vias respiratórias, os vasos sanguíneos e as células são capazes de absorver a droga e causar os efeitos a que ela se destina.             Existem os aerossóis, os nebulizadores e os umidificadores.             Os aerossóis possuem um dispositivo de liberação do medicamento que, quando acionado, administra doses concentradas e exatas da droga que vão atuar diretamente na mucosa traqueobrônquica. Possuem alta eficácia e poucos efeitos adversos.             Já os umidificadores são usados em indivíduos que fazem uso da oxigenoterapia, pois o O2 provoca ressecamento da mucosa das vias respiratórias, o que pode causar lesões e infecções.      ...

7 Fatores que contribuem para o colapso pulmonar em ventilação espontânea

1- Broncoespasmo, edema de mucosa, deposição de secreções (depuração ineficaz): promovem a redução do diâmetro das vias respiratórias, com subsequente aumento da resistência à passagem do ar, ou mesmo interrupção, comprometendo a unidade respiratória correspondente. 2- Aumento da força de compressão abdominal: promove aumento da pressão abdominal, refletindo-se sobre a pressão transdiafragmática, diminuindo a complacência dos alvéolos da região dependente. 3- Prejuízo da função diafragmática: o diafragma atua em ambas as fases do ciclo respiratório, de forma que seu comprometimento promove hipoventilação alveolar e oclusão de pequenas vias respiratórias.  4- Imobilidade no leito (tempo prolongado em posição supina) e tempo prolongado de ventilação mecânica: a exposição prolongada a esses fatores promove fraqueza e atrofia do diafragma, favorecendo tanto o prejuízo da função desse músculo quanto o acúmulo de secreções brônquicas. 5- Uso de sedativos: promove a diminuição do driv...

Hiperinsuflação, você conhece essa técnica?

Hiperinsuflação manual                        Fonte: fisioterapia UDESC Objetivos: melhorar a oxigenação pré e pós-aspiração traqueal;  mobilizar o excesso de secreção brônquica; reexpandir áreas pulmonares colapsadas. Utilização da técnica: Na prática clínica é amplamente utilizada em doentes críticos ventilados mecanicamente, sobretudo aqueles que apresentam elevado volume de secreção. Realização dessa manobra: O fisioterapeuta utiliza uma bolsa de insuflação pulmonar, que comprime lentamente (em busca da capacidade pulmonar total) e deixa expandir (fase expulsiva) posteriormente de maneira brusca.  Isso proporciona um aumento do fluxo expiratório, resultando no deslocamento de secreção para as vias respiratórias centrais. Essa manobra também pode ser associada a compressão torácica na fase expiratória. Hiperinsuflação com ventilador mecânico                ...