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A ECMO é uma oxigenação realizada por uma membrana extracorpórea por meio de uma máquina (chamada popularmente de pulmão artificial). É indicada nos casos de falência respiratória hipoxêmica refratária à outras medidas terapêuticas, como por exemplo nos casos graves de COVID-19.
Durante a ECMO, a ventilação mecânica deve ser ajustada de forma protetora e individualizada para cada paciente:
- volume corrente menor ou igual a 4,5 mL/Kg de peso predito
- PEEP (pressão expiratória positiva final) ajustada para menor driving pressure (DP)
- DP menor que 14 cmH2O
- Pplatô (pressão platô) menor ou igual a 24 cmH2O
- frequência respiratória de 10 a 20 irpm
- FiO2 (fração inspirada de oxigênio) de 30 a 50%
A mobilização dos pacientes em ECMO deve ser implementada de forma precoce, sendo considerada segura durante a oxigenação extracorpórea.
CONTRAINDICAÇÕES DA ECMO:
Absolutas
- falência cardíaca ou pulmonar irreversível em pacientes não candidatos a transplante.
Relativas
- malignidade;
- hemorragia pulmonar;
- ventilação mecânica com Pplatô maior que 30 cmH2O por 7 dias ou mais;
- lesão no sistema nervoso central.
Observações:
- após iniciar a ECMO o paciente deve estar sedado e curarizado
- não ventilar o paciente em modo espontâneo nas primeiras 48 horas de ECMO
- para atingir a saturação alvo (92 a 96%), primeiramente reduzir a FiO2 do ventilador mecânico e depois da ECMO
DESMAME E RETIRADA DA ECMO
Para o desmame da ECMO o paciente deve ser capaz de manter:
- PaO2 maior ou igual a 60 mmHg;
- SpO2 maior ou igual a 90% com FiO2 menor ou igual a 60%;
- PCO2 menor ou igual a 50 mmHg e pH maior ou igual a 7,36 com FR menor ou igual a 28;
- Pplatô menor ou igual a 28 cmH2O;
- não apresentar sinais de cor pulmonale.
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