A capnografia é a medida e a representação gráfica da quantidade de dióxido de carbono (CO2) expirado. O resultado dessa leitura é a PeTCO2 (pressão expirada de CO2) ou ETCO2 (taxa de CO2 exalado), que está intimamente ligada à PaCO2 (pressão arterial de CO2).
É o indicador mais sensível para a insuficiência respiratória crônica e também é utilizado em pacientes graves sob ventilação mecânica em unidades de terapia intensiva, principalmente aqueles com traumatismo cranioencefálico, pois está diretamente ligado à pressão de perfusão cerebral - PPC (quando a pressão intracraniana - PIC aumenta, a PPC diminui).
Em pacientes sob ventilação espontânea, a mensuração do CO2 é realizada por meio de um cateter nasal durante o sono para a detecção precoce de hipoventilação, posteriormente pode-se reavaliar no período diurno. Já em pacientes sob ventilação mecânica, um capnógrafo é acoplado após o tubo orotraqueal ou traqueostomia, onde é medido em tempo real a PeTCO2 ou ETCO2.
Há uma diferença em torno de 3 a 6 mmHg entre a PeTCO2 e a PaCO2, que pode ser intensificada de acordo com a gravidade da doença pulmonar, por isso, em pneumopatas este instrumento não pode substituir a avaliação da PaCO2 por meio da gasometria arterial.
Eventos que podem modificar a PeTCO2:
- Aumento: elevação na produção de CO2, ventilação inadequada, aumento súbito no débito cardíaco e administração rápida de bicarbonato de sódio.
- Diminuição: decréscimo na produção de CO2, hiperventilação, queda do débito cardíaco, embolia pulmonar, tubo endotraqueal obstruído, desconexão do ventilador e extubação.
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