Pular para o conteúdo principal

Apresentação

  Olá, FisioIntelectuais! Aqui você encontra conteúdos de atualização, aprimoramento de habilidades, interação entre profissionais e domínio entre teoria e prática na área de Fisioterapia Intensiva 🐵

Síndrome de Mounier-Kuhn

Traqueobroncomegalia congênita, ou síndrome de Mounier-Kuhn, é  caracterizada por dilatação traqueobrônquica acentuada e infecções do trato respiratório inferior.

É predominantemente encontrada em indivíduos do sexo masculino na faixa dos 40 ou 50 anos. Embora a etiologia da síndrome de Mounier-Kuhn permaneça desconhecida, acredita-se que esteja relacionada à falta de músculo liso e tecido conjuntivo elástico na traqueia e brônquios principais, levando à herniação e até mesmo à formação de divertículos entre os anéis cartilaginosos. 

A síndrome de Mounier-Kuhn quando sintomática, caracteriza-se por pneumonias recorrentes, algumas vezes evoluindo para tosse crônica produtiva, hemoptises ocasionais e dispneia progressiva em decorrência do acometimento pulmonar.

O diagnóstico geralmente pode ser feito pela medida do diâmetro traqueal, utilizando apenas os dados da radiografia de tórax, em que a traqueia pode ser vista de perfil e, assim, o diâmetro determinado. A tomografia computadorizada de tórax, no entanto, torna essa medida mais precisa. Os limites são 3 cm para o diâmetro transverso da traqueia e 2,4 cm e 2,3 cm para os diâmetros transversos dos brônquios principais direito e esquerdo, respectivamente.

Fonte: https://europepmc.org/article/med/31076098

As provas de função pulmonar tipicamente revelam aumento da capacidade pulmonar total, em detrimento do volume residual, ocasionalmente com sinais de distúrbio ventilatório obstrutivo.

Atualmente, não existem tratamentos específicos para essa condição, exceto antibioticoterapia durante as crises e fisioterapia respiratória para eliminar secreções.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Drenagem autógena

É uma técnica descrita por Chevalier classificada como um método de remoção de secreção de forma ativa , de fluxo lento, realizada de forma independente pelo paciente, e dividida em 3 fases:  Deslocamento : o paciente se posiciona em sedestação com a mão em concha apoiada no tórax, realizando ciclos ventilatórios com baixo volume corrente, iniciando no volume de reserva expiratório com o objetivo de mobilizar secreções das vias respiratórias mais distais; Coleta : o paciente inicia respirações com médios volumes pulmonares, onde a secreção é coletada para as vias respiratórias de médio calibre; Eliminação : os ciclos ventilatórios se tornam intensos e máximos volumes pulmonares são inspirados e expirados e, ao final, é realizada uma tosse ou huffing para eliminar as secreções das vias respiratórias centrais. Vantagens e desvantagens Tendo em vista que é uma técnica independente, doentes crônicos devem ser reorientados periodicamente para garantir a realização correta do procedime...

MANOVACUOMETRIA

      A manovacuometria é um recurso utilizado para detectar fraqueza muscular respiratória nas fases iniciais da doença, por meio da mensuração da pressão inspiratória máxima (PI máx ) e da pressão expiratória máxima (PE máx ) pelo manovacuômetro graduado em cmH 2 O.     Para a realização do teste, são conectados ao manovacuômetro uma máscara, um bocal ou uma conexão para traqueostomia. É ideal posicionar o paciente sentado e colocar o clipe nasal. Em seguida solicitar que o paciente realize uma expiração total (até atingir o volume residual) e, a seguir, uma inspiração forçada através do bocal ou máscara do aparelho, assim o examinador mensura a  PI máx.     Já para a medida da PE máx, o paciente deve realizar uma inspiração profunda até a capacidade pulmonar total e, em seguida, uma expiração forçada através do manovacuômetro.      De maneira geral para adultos, é considerada fraqueza muscular respiratória quando: PI máx ...

TRALI - Lesão Pulmonar Aguda Associada à Transfusão

 Você já ouvir falar de TRALI ou já atendeu algum paciente com essa lesão? Leia este artigo e saiba mais sobre essa condição relativamente rara, mas com alto índice de mortalidade. A lesão pulmonar associada à transfusão, ou do inglês TRALI , foi relatada pela primeira vez em 1985. Ela consiste numa séria complicação associada à transfusão de sangue total, plasma fresco congelado, concentrado de hemácias, concentrado de plaquetas e granulócitos coletados por aférese.  A TRALI é caracterizada por insuficiência respiratória aguda, edema pulmonar bilateral e hipoxemia severa, não estando associada a nenhum evento cardíaco, e ocorre durante a transfusão ou dentro de 6h após o seu término.  É considerada rara, pois ocorre na razão de 1 em 5 mil unidades transfundidas e de 1 em 625 pacientes transfundidos. Entretanto, é a maior causa de morbidade e mortalidade associada a transfusão.  A exata fisiopatologia não é totalmente conhecida, mas a teoria tradicional sugere que...